O aquecimento global continua sendo um problema muito discutido, mas pouco combatido. Embora governos de diversos países tenham se comprometido a diminuir emissões de gás carbônico, as iniciativas práticas ainda estão aquém do esperado, e a questão ficou mais complicada após Donald Trump, presidente dos EUA, negar o fenômeno climático.
A National Geographic consultou especialistas para tentar prever o que aconteceria com o planeta caso todo o gelo da Terra derretesse. Ainda que a possibilidade esteja muito distante – há cientistas que falam em 5000 anos, considerando os índices de emissão e aquecimento atuais -, há quem acredite que o processo possa se acelerar caso o problema siga em segundo plano.
Baseado no estudo da NG, o Business Insider produziu um vídeo com um mapa-múndi animado que mostra o que aconteceria com diversas grandes cidades e países do planeta caso todo o gelo da Terra derretesse, elevando o nível do mar em cerca de 65 metros.
Cada cidade ou país com o nome escrito no mapa ficaria total ou parcialmente submerso. Outros possíveis efeitos do aquecimento global são problemas na produção de alimentos, como seca e pragas, que poderiam acarretar em fome massiva, além de fortes ondas de calor e envenenamento dos oceanos.
AMÉRICA DO SUL
As bacias dos rios Amazonas, ao norte, e Paraguai, ao sul, seriam transformadas em braços do Atlântico, submergindo Buenos Aires, a costa uruguaia e parte do Paraguai. Áreas montanhosas resistiriam no litoral do Caribe e na América Central.
AMÉRICA DO NORTE
Toda a costa atlântica iria desaparecer, assim como a Flórida e o litoral do golfo do México. Na Califórnia, as colinas de San Francisco acabariam como um grupo de ilhas. O golfo da Califórnia e estenderia ao norte, além da latitude de San Diego – mas a própria cidade já estaria debaixo d’água.
ÁFRICA
A África perderia menos território caso o mar subisse muito, mas o aumento na temperatura global poderia tornar inabitável grande parte do continente. As neves do Kilimanjaro não vão sobreviver a nosso século.
EUROPA
Londres? Uma lembrança do passado. Veneza? No fundo do mar Adriático. Daqui a milhares de anos, neste cenário catastrófico, os Países Baixos há muito terão sucumbido, e a maior parte da Dinamarca também. No Egito, Alexandria e o Cairo serão inundados pelo Mediterrâneo, cujas águas, cada vez mais altas, também vão ampliar os mares Negro e Cáspio.
ÁSIA
Áreas habitadas por 600 milhões de chineses seriam inundadas, assim como Bangladesh, com 160 milhões de habitantes, e grande parte da costa da Índia. A cheia do delta do rio Mekong deixaria as montanhas Cardamom, no Camboja, ilhadas.
OCEANIA
A Austrália passaria a ter um novo mar interior, mas perderia a estreita faixa litorânea na qual vivem hoje quatro de cada cinco australianos.
ANTÁRTIDA
Antártida Ocidental – Seu véu é tão extenso – contém quatro quintos de todo o gelo do planeta – que não dá para imaginá-lo derretido. Ele resistiu intacto aos períodos quentes no passado. Hoje, parece mais espesso: a atmosfera aquecida contém mais vapor d’água, que cai como neve no leste da Antártica. Mas mesmo esse manto gigantesco não resistirá a um clima tão quente quanto o do Eoceno.
Antártida Ocidental – A cobertura de gelo deve ter sido bem menor em períodos anteriores de aquecimento global. Apoiada em um leito rochoso situado abaixo do nível do mar, ela é vulnerável. O aumento na temperatura dos oceanos está derretendo suas camadas flutuantes. Desde 1992, o manto antártico perde, em média, 65 bilhões de toneladas de gelo por ano.
Fonte: National Geographic